Muito se discute sobre as origens do café, mas até agora não há nenhuma prova científica, mas tão somente lendas. A mais difundida diz que, por cerca do ano 800, um jovem pastor de nome Kaldi percebeu que as ovelhas de seu rebanho ficavam agitadas depois de comerem umas frutas vermelhas de uma certa árvore. Intrigado, ele pegou algumas dessas frutas e correu para preparar uma bebida com elas. Ele percebeu uma melhora na sua disposição para o trabalho. Daí, o café migrou para a Arábia, onde, durante o século XIII, alguém descobriu as vantagens de prepará-lo com água quente. Foi um sucesso tão grande que os árabes proibiram a planta de sair de sua região. Somente no século XVII os mercadores de Veneza conseguiram contrabandear alguns pés de café para a Itália. Da Itália, foram para França, de onde facilmente chegaram as Americas Central e do Sul. O café chegou no Brasil pelas mãos de Francisco de Melo Palheta, que ganhou alguns pés como presente de sua amante secreta, Madame Claude d'Orvilliers, em Caiena, na Guiana Francesa, mulher do governador local. Não podemos dizer se o governador ficou mais enfurecido com o fato de ter sido traído ou pela proibição estrita dos pés de café serem levados para fora do país.